segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Penso. Logo, desanimo.

Essa sou eu, num final de domingo, com as mesmas sensações de sempre. 

Sensação de que não vou aguentar mais essa confusão de pensamentos. De repente, a cabeça vira um turbilhão. Começo a pensar em tudo o que preciso fazer, tudo o que fiz e tudo o que eu gostaria de fazer. E aí vem aquela sensação de cansaço, de desânimo, de desespero por ter que começar mais uma semana, esse ciclo sem fim. 

E esses sentimentos que não se decidem, hein? Hoje já fui da euforia à depressão em torno de dez vezes. Dez vezes a cada hora. 

Eu queria ser tão decidida e tão forte quanto as pessoas pensam que sou. Não passo de uma criança assustada que cresceu sem querer ter crescido e que agora precisa arcar com as responsabilidades que me caem na cabeça.

Preciso de paz, só isso. Aliás, nem sei mais do que preciso. 

"Fear in me, stays in me"


Entretanto, sei que vai acontecer algo que será um divisor de mágoas, digo, de águas na minha vida. Tomara que aconteça como espero, "sem pressa, do jeito que tem que ser...". 

domingo, 18 de setembro de 2011

DoMIMIMIngo²

Domingo, pra mim, é dia de organizar a semana. Ou pelo menos deveria ser. 
Ultimamente não consigo nem organizar meus pensamentos, que insistem em voar para muito longe, quem dirá organizar a semana. Quem dirá organizar minha vida. 

Eu sempre digo que preciso organizar minha vida, mas a única coisa que consigo organizar são os livros na estante. E olha lá. 

Não gosto de domingos. Ele encerra ao mesmo tempo que inicia um ciclo. Um ciclo chato, diga-se de passagem.

Acho que me falta alguma coisa para parar de encarar os domingos desse jeito. Sei bem o que me falta. Mas ainda não posso ter. Ainda.

Enquanto estou aqui tentando me achar no meio da confusão dos meus pensamentos, no meio da confusão da minha vida, encontrei um vídeo de um cover no piano de "Use somebody" (Kings of Leon - banda linda que comecei a ouvir por indicação da Mariana), por David Sides. Já falei que acho lindo o som do piano, não? Falei sim, vai lendo os posts aí pra encontrar porque eu não vou colar o link aqui, se vire.  Pois é. Eu amo/sou piano. E achei esse cover a cara desse domingo cinza. 

Ouçam e me abracem

sábado, 17 de setembro de 2011

Eu, uma inconstante

Se em um único dia você me perguntar dez vezes como eu estou, darei dez respostas diferentes.

E a maioria delas será "não sei". É, não sei me descrever. Não sei definir se estou triste, se estou feliz, se estou bem, se estou mal, se estou qualquer outra coisa. Talvez eu esteja sempre "qualquer outra coisa".

Posso começar o dia muito alegre e terminá-lo me sentindo da pior maneira possível. Ou vice-versa.

Vivo numa montanha-russa de sentimentos, de sensações.
Quero descer antes que eu não consiga mais me segurar.

Mas, calma. Antes que você diga que eu preciso de terapia e etc, saiba que esse é meu normal. Como diria a Mari, "preciso trabalhar esse meu lado".
Essa sou eu, uma inconstante.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

"Y mirando sin mirar..."

Mais um dia, mais uma vez quase me entrego num olhar. 
Mais uma vez, o senti tão perto e ao mesmo tempo tão longe de mim. 

Acho que não deveria doer assim.
Acho que essa espera não deveria ser tão longa assim.
Acho que eu não deveria achar mais nada.

Entre um sorriso e um olhar, uma esperança. 
Entre a esperança e a espera, uma angústia.

Depois de ver e sonhar mais uma vez, encontrei a trilha sonora perfeita para hoje: 


 (...)
No se puede vivir con tanto veneno
La esperanza que me da tu amor
No me la dió más nadie
Te juro, no miento
No se puede vivir con tanto veneno
No se puede dedicar el alma
A acumular intentos
Pesa más la rabia que el cemento

Espero que no esperes que te espere
Después de mis 26
La paciencia se me ha ido hasta los pies

Y voy deshojando margaritas
Y mirando sin mirar
Para ver si así te irritas y te vas
(...)

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Sobre o que eu nem sei de mim

Por um instante, tudo parecia certo.
Por um instante, tudo parecia nada.
Por um instante, nada parecia.

E, agora, estou aqui, com os olhos borrados pelas lágrimas. Outra vez.
Lágrimas que eu nem sei de quê. Nem sei por quê.
Dia cinza, com uma sensação de nó na garganta.
Os pensamentos giram em redemoinho na minha cabeça.
Confusão de sentimentos. Conflito de ideias.
Desejo de mudança. 
Mudança de pensamento, mudança de hábitos, mudança de mim.
Eu quero tantas coisas... que nem sei ao certo o que quero.

Eu só queria saber o que sinto.
Eu só queria me entender.
Eu só queria não querer.
Eu só queria não sentir.
Eu só queria não ser.

Talvez, eu esteja como na música, "caindo aos pedaços". 


Talvez, o pior não seja cair. O ruim é não ter ninguém para me segurar. 

sábado, 3 de setembro de 2011

Meio assim... sei lá


Sabe quando você vive dias entre a euforia e a depressão? Como diz a letra de Nada fácil, do Engenheiros do Hawaii, “nada fácil, cara, euforia e depressão. Muitas flores no caminho e uma pedra em cada mão”. Pois é assim que estou. E não me pergunte  o porquê. Nem eu sei. Mas queria saber.

Hoje acordei meio assim... sei lá. Não sei se é o clima, que resolveu resumir as quatro estações do ano em uma semana, se sou eu mesma ou se é esse vento maluco que me traz uma sensação de melancolia, uma sensação de liberdade.

Sensação de liberdade porque o vento vai onde quer. Ele define seu caminho, sua direção, sua intensidade. E quando ele toca em mim, tenho, mesmo que por um momento, essa sensação de ser livre. Quisera eu ser como o vento. Apesar de fazer as minhas escolhas, nunca me senti livre. Há sempre algum limite, há sempre alguma barreira. Obstáculos que eu não ultrapasso porque.... por que, mesmo?

Sensação de melancolia porque, quando sinto o vento, imediatamente me transporto para o cenário da música Vento no litoral, da eterna Legião Urbana. Essa música, pura poesia do imortal Renato Russo, traz consigo uma calmaria, uma paz... e uma tristeza. Por isso que a amo tanto. Gosto de ouvi-la com os olhos fechados. Assim, consigo me imaginar sobre as pedras, na praia, com o vento no rosto, olhando o mar e lembrando algo que perdi, algo que deixei escapar das minhas mãos.

Talvez eu tenha deixado o tempo se esvair entre meus dedos. 
Talvez eu tenha deixado a vida fugir do meu alcance. 
Talvez eu tenha escapado de mim mesma.

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Ouça, transporte-se junto comigo e deixe o vento levar tudo embora.


De tarde quero descansar
Chegar até a praia
E ver se o vento ainda está forte
E vai ser bom subir nas pedras

Sei que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando tudo embora

Agora está tão longe
Vê, a linha do horizonte me distrai
Dos nossos planos é que eu tenho mais saudade
Quando olhávamos juntos na mesma direção

Aonde está você agora
Além de aqui dentro de mim?

Agimos certo sem querer
Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você
Porque você está comigo o tempo todo

E quando vejo o mar
Existe algo que diz:
"- A vida continua e se entregar é uma bobagem."

Já que você não está aqui,
O que posso fazer é cuidar de mim
Quero ser feliz ao menos
Lembra que o plano era ficarmos bem?

"- Ei, olha só o que achei: cavalos-marinhos."

Sei que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando tudo embora...

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Lágrimas de chuva

Quantas vezes você parou para olhar a chuva? 

Pois é. Ontem, enquanto o céu parecia desabar, larguei tudo o que estava fazendo e sentei para acompanhar um dos fenômenos mais lindos da natureza. E aí os pensamentos desataram os nós que seguravam presas as minhas angústias. E eu deixei que elas saíssem. Deixei que fossem junto com as gotas que lavavam a grama. 

Pensei em tantas coisas, tantos problemas para resolver, tantas preocupações, tantos desejos contidos. Tanta coragem que me falta para algumas coisas. Tantas mágoas que me sobram para outras. Tantos medos que guardo aqui, num lugar onde só eu posso ver. Não quero que vejam meus medos, não quero que vejam minha insegurança, não quero que vejam a menina medrosa que ainda guarda os sonhos de criança e que tem medo de ser adulta. A chuva era como minhas lágrimas que não deixei cair naquele momento. Foram os vinte minutos mais pacíficos que vivi nos últimos meses. 

Dei-me conta de quão linda é a chuva. Sim, essa é a palavra: linda. Ela fortalece. Ela limpa. Ela lava. Ela renova. Ela revigora. 

Preciso que chova em mim. Preciso que chova na minha vida. Preciso que chova na minha alma.  

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Impossível falar sobre chuva e não lembrar de "November rain". Aperte o play e sinta.