quinta-feira, 10 de julho de 2014

Olá

Oi, raros porém especiais leitores deste blog.

Sei que ando meio sumida daqui, inclusive desculpe a quem busca pelas atualizações (ooo pessoas). Enfim, escrevo-lhes para dizer que publico textos em dois sites/blogs coletivos, o "Retratos da Alma" e a "Confraria dos Trouxas". A quem interessar possa, meus textos estão lá.

Beijo beijo.

Dani.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Das razões que me são inexplicáveis

Faz vinte minutos que estou olhando para um arquivo em branco no monitor enquanto repouso os dedos sobre o teclado mudo e tento escrever sobre as razões do meu tanto te querer. É difícil encontrar palavras que eu nunca tenha usado para falar sobre você, então me perdoe se eu soar repetitiva — mas é que você se repete o tempo todo em mim.

Trinta e dois minutos, quatro linhas.

Penso em escrever que te quero porque do seu lado eu sinto que encontrei o meu lugar, parece que minha alma sempre tão perdida volta para casa toda vez que estou contigo. Eu poderia dizer que te quero porque quando você segura a minha mão eu sinto um arrepio percorrer o meu corpo e eu estremeço toda, parece que você entra pelos meus poros e ocupa cada espaço vazio que tenho em mim. Eu gosto dessa sensação que me deixa nervosa e me acalma ao mesmo tempo, você é o duelo entre o meu caos e a minha paz.

Quarenta minutos, dois parágrafos.

Ou eu poderia dizer que te quero porque quando você me abraça eu sinto toda a proteção de que alguém precisa para viver em paz, por isso eu pedi para morar no seu abraço — porque não é de hoje que você vive em mim. Quem sabe eu poderia dizer que te quero porque o jeito como você toca minha pele me faz sentir viva — e pela primeira vez em muito tempo eu estou gostando de viver.

Cinquenta e quatro minutos, meio texto.

Paro de escrever neste instante e olho de novo a foto em que você está sorrindo, parece-me tão feliz, e sorrio porque a sua felicidade me faz feliz também. Suspiro e volto a escrever, ou tento, e continuo pensando no que dizer sobre as razões do meu tanto te querer.

Sessenta minutos, preciso de um desfecho.

Eu acho que te quero porque sinto minha paz restabelecida toda vez que te vejo e sei que poderia passar um dia inteiro apenas te olhando, quase sem respirar para não quebrar o nosso silêncio — porque eu gosto do jeito como nossos olhos conversam. Ou talvez eu te queira porque sei que só ao seu lado vou ser feliz, e não me pergunte como tenho tanta certeza assim, eu apenas sei que nunca tive tanta certeza na minha vida.

Uma hora e dez minutos, o tempo passa e eu não canso de pensar em você.

A verdade é que eu poderia escrever páginas e páginas listando as razões do meu tanto te querer, mas penso que me faltariam palavras para explicar o que nem eu consigo entender.

Não há como medir o quanto te quero, não há como descrever por que eu te quero, não há como explicar que na verdade eu não te quero: eu preciso de você.

E ponto final. 

(Publicado originalmente na Confraria dos Trouxas). 

domingo, 16 de março de 2014

É tão bom te ver dormir

Sabia que você fica ainda mais encantador enquanto dorme? É tão bom te ver dormir, me sinto reviver por dentro. Gosto de me sentar ao seu lado e passar a mão no seu rosto lentamente enquanto decoro cada detalhe seu e você me olha de um jeito que me desmonta e me refaz ao mesmo tempo.

Seus olhos vão pesando e eu sinto os espasmos de quem está pegando no sono, continuo passando a mão no seu rosto até você dormir. A essa altura você talvez nem sinta mais o meu toque, mas eu insisto em te acarinhar porque eu me sinto mais feliz com sua pele nos meus dedos. Você dorme e parece que eu estou sonhando.

Ontem eu te vi adormecer como quem senta para admirar um pôr-do-sol. Eu poderia te transformar em uma fotografia que meus olhos não se cansam de ver. Quer ser o meu entardecer? Cada vez que seu peito subia e descia tão serenamente, sentia minha paz sendo restabelecida, sentia cada pedaço meu se juntando e recompondo tudo o que já fora destruído em mim. Você é a calmaria em meio ao meu caos. Queria ficar sempre ao alcance da sua respiração. Eu não dormiria só para poder te olhar por mais tempo, como se isso fosse capaz de mantê-lo sempre perto do meu olhar. Quer ser a minha insônia?

O jeito como você sorriu quando acordou me desconcertou e eu fiquei pensando o quanto seria feliz se o seu sorriso estivesse bem diante dos meus olhos quando eu os abrisse todas as manhãs. Quer ser o meu amanhecer?

Senti meus olhos se inundando enquanto eu sorria ao te observar, e foi então que percebi que você me faz derramar. Logo eu, que sempre pensei ser tão vazia.

Ver você dormir é minha nova definição de paz.