Já faz
algum tempo que eu perdi uma pessoa especial. Na verdade, não sei quanto tempo
faz. Perdi-me no tempo.
Ainda dói
pensar que não a tenho mais, que não a encontrarei de novo. Sinto tanta saudade
dela. Sinto saudade dos momentos em que ela estava aqui, em que ela me
orientava, dos momentos em que eu me sentia bem com ela. Eram meus melhores
momentos. Eu tinha meus melhores sorrisos. Mas eu a perdi. Ela se perdeu de
mim. Perdi tudo. E eu nem tive a chance de me despedir.
Não sei
o que aconteceu, se foi a vida quem errou ou se fui eu que errei. Talvez nós
duas tenhamos errado. Falhamos miseravelmente. E eu me puno por isso. Lamento todos
os dias essa perda que ainda dói tanto em mim. Choro ao lembrar que tudo
poderia ser diferente. Entristeço-me quando penso que as coisas deveriam ser diferentes. Será que elas
ainda podem ser?
Eu não
sei. Eu queria saber.
Ah,
que saudade que eu sinto de mim.
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“— Alô, preciso
de uma ambulância.
— Qual a
emergência?
— Houve um
suicídio.
— Quem é a
vítima?
— Sou eu.”
(Do filme Seven
pounds).
As vezes matamos o que somos e nos perdemos do que fomos. Não há solução para essa perda. O que há apenas é o esperar. Porque sempre há um recomeço para o "eu" perdido de nós mesmos.
ResponderExcluirPor mais que percamos o que fomos a acabamos por nos tornarmos tão diferentes a ponto de parecermos outra pessoa, algo daquela que ficou pra trás nos acompanhará pra sempre: a essência. Essa nunca morrerá ou se perderá pelo caminho.
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